As alunas do curso da área de vestuário do SENAI Amapá iniciaram a etapa de descaracterização das peças apreendidas pela Receita Federal e repassadas à Defensoria Pública do Estado. A atividade integra o Acordo de Cooperação Técnica (ACT), assinado em junho deste ano.
“Essa parceria reforça o compromisso social do SENAI com a educação profissional, a transformação social e o bem-estar coletivo. O que estamos realizando vai além do reaproveitamento sustentável, está é uma ação de inclusão produtiva, que integra pessoas e amplia suas oportunidades de acesso ao mercado de trabalho”, afirma a coordenadora de Desenvolvimento Educacional do SENAI Amapá, Gislane Leme.
Por meio do acordo, o SENAI receberá gradualmente cerca de duas toneladas de peças. A primeira remessa, contendo 775 itens, chegou à instituição na primeira quinzena de julho e passou por triagem para classificação por tipo, composição e finalidade.
Após essa etapa, as alunas iniciaram a desmontagem das peças, o que foi feito por meio das técnicas de upcycling e customização. Com isso, os materiais têxteis serão aproveitados em novos produtos, agregando valor por meio do redesign e promovendo um ciclo de produção mais consciente, seguro e sustentável.
Concluída a fase de reconfiguração, as novas roupas e acessórios confeccionados a partir do material reaproveitado serão entregues à Defensoria Pública, que será responsável pela destinação final.
“As peças não podem ser comercializadas e, caso não fossem reaproveitadas, seriam incineradas. Com essa parceria, elas serão reintroduzidas em conformidade com a legislação, para que sejam entregues a pessoas assistidas pela Defensoria”, explica o defensor público Ricardo Carvalho.
Nesta primeira fase, o SENAI Amapá recebeu itens de vestuário masculino. A expectativa é que o processo de descaracterização seja finalizado até o início de agosto, permitindo que as peças sejam utilizadas na montagem de kits para o Dia dos Pais.
De mãe para filha
Risoneide de Sousa, 62 anos, é uma das 21 alunas envolvidas no projeto. Ela conta que, por muitos anos, a costura foi a principal fonte de renda da família e que participar do curso, oferecido gratuitamente por meio da política de gratuidade regimental, representa a realização de um sonho.
“Durante muito tempo, minha mãe costurava para sustentar nossa casa junto com meu pai. Passava noites inteiras na máquina, produzindo e ajustando peças para os clientes. Ver aquilo despertou meu interesse pela área. Quando vi a oportunidade de fazer o curso, senti que meu sonho estava mais próximo. Agora, estou aperfeiçoando o que aprendi com ela e adquirindo novas experiências”, relata.
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