A educação de qualidade e a formação profissional orientada às necessidades do mercado de trabalho são o alicerce do crescimento econômico e social. Trabalhadores bem formados sabem utilizar e interpretar as novas tecnologias, antecipam tendências e propõem produtos e processos mais eficientes. Esses requisitos elevam a produtividade, estimulam a inovação e são essenciais para a indústria brasileira superar a crise e enfrentar a concorrência internacional.

Para os trabalhadores, especialmente aos jovens, a educação profissional é o melhor caminho para uma profissão com remuneração adequada e para construção de uma carreira de sucesso. Além disso, em tempos de crise e desemprego, a formação profissional é decisiva para a permanência da pessoa no mercado de trabalho e para a recolocação nas vagas que se abrirem quando o país voltar a crescer.

Além disso, a educação profissional abre oportunidades para cerca 80% dos jovens brasileiros que não têm acesso ao ensino superior. Nos cursos de formação profissional, esses jovens podem se preparar para o mercado de trabalho, conseguir um emprego com melhor remuneração e até reunir recursos para entrar na universidade.

Pesquisa do SENAI mostra que 65% dos técnicos formados pela instituição em 2014 estavam trabalhando em 2015.  A taxa de crescimento anual da remuneração das ocupações de nível técnico foi de 8,9% entre 2010 e 2013, maior que os 8,1% registrados para as profissões de nível superior.

Essa também é a percepção da população. Levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2014, com 2.002 pessoas em 142 municípios mostra que 90% dos brasileiros acreditam que quem faz ensino técnico tem mais oportunidades no mercado de trabalho do que quem não faz nenhum curso. Sobre salários, a visão também é positiva: 82% concordam que os profissionais com certificado de qualificação profissional têm salários maiores do que os que não têm.

Mesmo assim, no Brasil poucos jovens optam pela educação profissional. No ano passado, 11% dos jovens brasileiros que tinham entre 15 e 17 anos de idade cursavam o ensino médio com algum curso técnico. Em 2008, esse percentual era de 6,6%. Mesmo com o aumento, o país ainda está muito distante das nações desenvolvidas. Na União Europeia, por exemplo, esse número sobe para 49,9%, na Áustria alcança 76,8% e, na Finlândia, 69,7%, informa o Centro Europeu para o Desenvolvimento da Educação Profissional.

Fonte: Agência CNI de Notícias