O SENAI Amapá e a startup Mazodan lançaram a primeira argamassa polimérica da Amazônia. O material foi apresentado durante o evento Construindo Futuros, que mostrou os resultados das iniciativas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) promovidas pela instituição, em parceria com o SENAI Cimatec.

“Esse é mais um produto inovador e neste momento, estamos finalizando um ciclo e entregando à sociedade uma argamassa sustentável”, afirma o coordenador do Serviço de Tecnologia e Inovação do SENAI Amapá, Denerson Carvalho.

A argamassa polimérica transforma rejeitos de sedimentos suspensos do Rio Amazonas em insumos minerais utilizados como base na formulação do produto. O material alia tecnologia, praticidade e alto desempenho, oferecendo maior eficiência, redução de desperdícios e resultados superiores para o setor da construção civil.

“Ela substitui o cimento na etapa de assentamento de paredes. Ao mesmo tempo, desenvolvemos um produto de alta rentabilidade, com o qual 3 kg podem substituir até 60 kg de argamassa cimentícia convencional, permitindo, por exemplo, a execução de dois a três metros quadrados de parede”, explica o CEO da Mazodan, Michael Carvalho.

Para o representante da empresa, além da economia, outro ponto forte do produto é a entrega limpa e sem resíduos, já que o material chega pronto para uso. “A entrega é limpa, e isso é um grande diferencial para a construção civil”, completa.

Além disso, o produto contribui para a redução da sedimentação do Rio Amazonas, auxiliando na preservação dos ecossistemas aquáticos e promovendo o uso responsável dos recursos naturais. A produção também diminui o impacto ambiental da construção civil ao empregar resíduos que antes seriam descartados, favorecendo a economia circular, o aproveitamento sustentável de matérias-primas e o desenvolvimento regional com menor pegada ecológica.

Antes de ser apresentado, a argamassa passou por uma série de testes que verificaram aspectos como porosidade, absorção de água, resistência ao cisalhamento, aderência à tração, entre outros. Os ensaios foram realizados pelo SENAI Cimatec e, segundo um dos pesquisadores envolvidos nessa fase, Nilson Amorin, também foi feita uma comparação com outras argamassas disponíveis no mercado.

“Identificamos um potencial enorme, com incremento no comportamento mecânico, que é um ponto positivo, além do apelo socioeconômico e de sustentabilidade, o que é um diferencial”, afirma.

A Mazodan venceu a 2ª edição do Programa Startup Indústria, promovido pelo SENAI Amapá, e recebeu um aporte de R$ 40 mil para investimentos em pesquisas. Antes do lançamento, a startup também conquistou a Expo Favela 2023 e concorreu ao The Earthshot Prize 2025.

 

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