No Amapá, o Projeto Recriar, executado por meio de uma parceria entre o SENAI Amapá e o Grupo Equatorial, une sustentabilidade, qualificação profissional e inclusão social. A iniciativa tem um investimento de R$ 86 mil e oferece curso gratuito de costura para pessoas em situação de vulnerabilidade, utilizando como matéria-prima os uniformes operacionais da CEA Equatorial que seriam descartados.
A proposta está alinhada aos princípios da economia circular, priorizando a redução de resíduos têxteis e o uso da técnica de upcycling, que reaproveita materiais inutilizados para criar novos produtos com diferentes funcionalidades.
“Essa parceria fomenta práticas de upcycling e economia circular, contribuindo para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do estado. O Grupo Equatorial viabiliza os recursos e fortalece a rede de colaboração, permitindo que, na prática, os produtos sejam entregues com inovação e sustentabilidade”, explica a coordenadora do Serviço de Tecnologia e Inovação (STI) do SENAI Amapá, Jane Palmerim,
O projeto atende 12 participantes, que recebem auxílio financeiro mensal de R$ 300, reforçando sua autonomia e contribuindo para a melhoria das condições de vida. Durante a formação, os uniformes ganham nova utilidade ao serem convertidos em mochilas, bolsas e capas para capacetes. A previsão é de que sejam entregues 350 peças produzidas a partir do reaproveitamento dos materiais.
Para o presidente do Grupo Equatorial no Amapá, Augusto Dantas, o Recriar representa uma oportunidade concreta de transformação.
“Essa é uma parceria extremamente importante. Conseguimos oferecer oportunidade a 12 bolsistas, que irão transformar 800 fardamentos doados ao SENAI. Eles sairão certificados e, quem sabe, prontos para iniciar um projeto próprio de confecção ou atender grandes empresas”, afirma.
Entre os beneficiados está Jacirene Santos, de 61 anos, que costura desde os 18. Apesar da experiência, nunca havia tido acesso a uma formação profissional.
“Eu gosto muito de costurar e me identifiquei com o projeto desde o primeiro dia. Estou aprendendo muita coisa, porque nunca tinha usado uma máquina profissional. Quero participar de outros projetos nessa área e conseguir um emprego. Foi um desafio, pensei em desistir, mas estou firme, porque está sendo muito bom”, relata, emocionada.
